PMF: Evento aborda mobilidade e meio ambiente |
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Data:07/03/2016Fonte:Prefeitura de FlorianópolisFonte da imagem:Recorte digital de pmf.sc.gov.brTAGs:mobilidade urbana, IPUF, BRT, obrasEditoria:TransportesAtualização: 07/03/2016imprimir artigo enviar por e-mail * Maciço do Morro da Cruz poderá receber Transporte Funicular * Estudante da UFRGS cria site com rotas de ônibus de Porto Alegre * Ministério dos Transportes e DNIT preparados para emergências no período das chuvas * Florianópolis deve facilitar o acesso às informações sobre o transporte público * Futuro da mobilidade paulista passa por trilhos |
'Melhor Transporte, Menos Emissões' discute projeto do BRT e importância do desenvolvimento orientado ao transporte Representantes do IPUF e da Secretaria Municipal de Obras de Florianópolis, além da equipe da WRI Brasil Cidades Sustentáveis, conduzirão nos dias 7 e 8 de março o seminário “Melhor Transporte, Menos Emissões”. O evento, que é parte do projeto que conta com o apoio da Embaixada Britânica, irá relatar as ações que a cidade já está realizando para mitigar as emissões de gases de efeito estufa relacionadas ao transporte urbano e apresentar o projeto de Anel Viário. O encontro contará com palestras de especialistas em mudanças climáticas, transportes e desenvolvimento urbano. Este seminário é mais uma das atividades que visam à melhoria da mobilidade em Florianópolis. O desafio da mobilidade urbana, apontado pelo Plano de Ação Florianópolis Sustentável como o maior e mais complexo da capital catarinense, tem sido enfrentado pelo poder público através da criação de planos, programas e projetos, com o objetivo de garantir o acesso à cidade e o desenvolvimento equilibrado da região. São destaques nas ações o PLAMUS (Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis), o Plano de Mobilidade Urbana de Florianópolis, atualmente em complementação, e projetos como o corredor exclusivo para transporte público no anel viário central, para implantação do sistema BRT (Bus Rapid Transit). Mais que somente problemas viários, há grande importância em se discutir a mobilidade como uma questão ambiental. Um inventário de gases de efeito estufa realizado pelo ICES - Iniciativa Cidades Emergentes Sustentáveis - abrangeu parte da região metropolitana, denominada pelo estudo como região conurbada de Florianópolis, e identificou que as emissões da região são baixas em relação à média nacional e a indicadores internacionais, sendo de 2,2 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente por habitante, compostos predominantemente pelo setor de transportes, que representa mais de 80% do total de emissões. “Florianópolis já deu o primeiro passo e certamente está aprendendo com outras regiões a melhor forma de colocar o plano em prática. O início da construção do anel viário será um grande incentivo nessa área, que facilitará muito o uso do transporte coletivo. O objetivo também é que a nossa frota de ônibus utilize o biocombustível, que é menos impactante para o meio ambiente”, afirmou a arquiteta Cibele Assmann Lorenzi, da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SMDU). “Discutir a mobilidade hoje para a sociedade florianopolitana é muito mais do que debater nosso sistema viário”, assinalou a superintendente do IPUF, Vanessa Pereira. “É, na verdade, colocar em pauta os rumos do desenvolvimento urbano, as prioridades nas ações de gestão pública e, principalmente, a qualidade ambiental e urbana dos espaços que estamos deixando como legado para as gerações futuras”, completou. As cidades são responsáveis por cerca de 70% das emissões de gases estufa no mundo. Cerca de 45,7% das emissões brasileiras relacionadas a matriz energética são provenientes do setor de transportes. A priorização do uso do transporte individual e motorizado contribui para o agravamento deste cenário. As políticas públicas nas cidades irão desempenhar um papel fundamental no combate ao aquecimento global. Um dos primeiros passos neste sentido é a elaboração de um inventário de emissões da cidade e de um plano de ação detalhado sobre como a cidade pretende diminuir os atuais índices de poluição. As mudanças climáticas precisam de uma resposta em nível global. No entanto, para que sejam efetivas, a transformação precisa começar na realidade local. As cidades devem agir para reduzir a dependência do automóvel como meio de transporte prioritário e dar prioridade ao transporte coletivo e não motorizado. O Acordo de Paris, assinado em 12 de dezembro de 2015 na Conferência do Clima da ONU, obriga, pela primeira vez, todos os 195 países signatários - que inclui o Brasil - a adotar medidas de combate às mudanças climáticas e impedir que a temperatura do planeta aumente mais que 1,5º C até 2100. Mobilidade Com a implantação do BRT, a avenida Beira-mar Norte terá o primeiro corredor exclusivo para ônibus de Florianópolis. O projeto do anel viário - que será apresentado no evento para receber contribuições - terá 17 quilômetros de extensão de faixas exclusivas ou preferenciais para ônibus e fará todo o contorno na região central, passando pelo Terminal de Integração do Centro (TICEN), Beira-mar Norte, Trindade, Pantanal, Saco dos Limões, José Mendes e Prainha. A obra contempla um elevado exclusivo para o transporte público, abrigos de passageiros, ciclovias, passeios, faixas de pedestre, drenagem, terraplenagem, sinalização horizontal, urbanização e requalificação de áreas, como o eixo viário principal do bairro José Mendes. Entre os benefícios previstos, está também o sistema de controle integrado de semáforos (ITS). O prazo de execução é de 36 meses, a partir do recebimento da ordem de serviço pela empresa que vencer a concorrência pública. As obras, que contam com recursos municipais, estaduais e federais, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estão orçadas em torno de R$ 150 milhões. Esta concepção do Anel Viário vai ao encontro da Política Nacional de Mobilidade Urbana, Lei 12.587/2012, que define a priorização dos meios de transporte não-motorizados (pedestres e ciclistas) e do transporte público coletivo sobre os meios individuais, e a garantia da acessibilidade aos espaços. O resultado que se busca é uma mobilidade urbana mais eficiente que respeite as pessoas, independentemente do modal escolhido. Programação: Segunda-feira, 07 de março de 2016 Continue lendo esta notícia direto da fonte... |