Para desenvolver ciclovias são necessários investimentos e educação, afirmam debatedores |
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![]() Data:01/04/2016Fonte:Agência Câmara NotíciasFonte da imagem:Recorte digital de camara.leg.brTAGs:ciclovias, CTB, ABNT, trânsito, acessibilidade, velocidade, pedestres, ciclistas, motociclistasEditoria:BicicletasAtualização: 01/04/2016![]() imprimir artigo ![]() enviar por e-mail ![]() * Magrelas, gratuitas e eficientes em Brasília * Bicicletas podem garantir mais segurança no trânsito em Florianópolis * O futuro do transporte está nas bicicletas? * Novas "highways" para bicicletas fazem sucesso em Londres * Bicicleta: o meio de transporte do futuro |
As ciclovias no Brasil foram tema de debate na comissão que analisa alterações no Código de Trânsito A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ainda não possui nenhuma norma específica para implantação de ciclovias no Brasil. A informação foi dada, nesta terça-feira (29), pelo diretor de Relações Externas da ABNT, Carlos Amorim Junior, durante audiência pública na Comissão Especial sobre Alteração do Código de Trânsito. O colegiado analisa mais de 240 propostas (PL 8085/14 e apensados) que alteram o Código de Trânsito (Lei 9503/97). No Brasil, as placas de trânsito são regulamentadas pelo Conselho Nacional de Trânsito que, por meio do Código de Trânsito Brasileiro e de normas técnicas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o DNIT, determina o tamanho, a forma, as cores e o significado dos desenhos. Já a ABNT, especifica, por exemplo, os requisitos exigíveis para a fabricação das placas e fixa as condições para as calçadas, com o objetivo de propiciar às pessoas melhores e mais adequadas condições de trânsito, acessibilidade e segurança. O Amorim Junior explicou que, apesar de ainda não haver norma específica para as ciclovias elaborada pela associação, foi feito um levantamento sobre o que já existe no Brasil e em outros países. "Nós temos acesso a um conjunto de informações e temos toda a disponibilidade e a capacidade de fazer as normas que sejam necessárias para dar sustentação à implantação dessa política pública de incentivo à bicicleta como mais um meio de locomoção", afirmou. Investimentos Outra preocupação apontada por Érica Teles é o índice de violência. Hoje, o Brasil é o 4° país que mais mata no trânsito. Na avaliação de Érica, a falta de segurança contribui para que as pessoas não queiram trocar o veículo particular por meios de transportes alternativos. "Um dos fatores que as pessoas têm apontado muito nas pesquisas é o medo do trânsito. No dia que elas se sentirem mais seguras, o empoderamento vai ser natural, elas vão pegar uma bike, que seja emprestada, do amigo, ou alugada, ou comprar uma, e vão acessar a rua", disse. Controle de velocidade Para os usuários vulneráveis, que são os pedestres, ciclistas e motociclistas, o risco de morte gira em torno de 30% quando a velocidade é de 40 km/h, porém cresce até 85% se a velocidade de impacto for de 60 km/h. E aos oitenta por hora, a morte é praticamente certa. "Eu realmente defendo que os automóveis devem sair de fábrica com uma trava de velocidade, no mínimo, travando o automóvel na velocidade máxima permitida nas nossas rodovias, que é 120 Km/h. Eu acho que tem que começar por aí. É lógico que é um debate longo, mas não é impossível", afirmou a diretora. Educação "A gente tem que preparar a cidade para as pessoas e não para os veículos. Quando a gente pensa nas pessoas e lembra que o maior número de mortes no trânsito é com os pedestres a gente tem que lembrar que é preciso cuidar das nossas vias, precisa haver investimento. O Brasil está atrasado em relação a investimentos na mobilidade urbana", criticou. De acordo com estudo da empresa holandesa de tecnologia de transporte TomTom, as cidades do Rio de Janeiro, Salvador e Recife estão entre as mais engarrafadas mundialmente. Além disso, o Rio de Janeiro apresentou o oitavo pior trânsito na hora do "rush" em 2014. Íntegra da proposta: Reportagem - Lianna Cosme Acesse essa notícia direto da fonte ![]() |
