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WRI Brasil | Inovações disruptivas em prol da mobilidade urbana







Data:

12/04/2016

Fonte:

WRI Brasil

Fonte da imagem:

Recorte digital de wricidades.org

TAGs:

transportes, táxi, ônibus, transporte coletivo, carros, trânsito

Editoria:

Tecnologia


Atualização: 12/04/2016



 

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Painel debateu o papel das inovações tecnológicas na qualificação da mobilidade urbana



As inovações tecnológicas crescem em velocidade vertiginosa em diversas áreas, trazendo empreendedorismo, colaboração e novas oportunidades. Na mobilidade urbana não é diferente. As transformações resultantes dessas tecnologias foram debatidas no painel “Tecnologias disruptivas da mobilidade urbana” durante o SmartCity Business America, que contou com a moderação do diretor do WRI Brasil Cidade Sustentáveis, Luis Antonio Lindau. Considerado o maior encontro de gestão urbana da América Latina, o evento foi organizado pelo Instituto Smart City Business e, este ano, acontece em Curitiba, entre os dias 28 e 30 de março.



Ao mesmo tempo que podem ser vistas como uma importante ferramenta para melhorar a mobilidade de nossas cidades, as tecnologias também trazem novos desafios para o poder público ao quebrar o modelo tradicional de como ocorre o deslocamento das pessoas. A regulamentação dessas inovações ainda é uma polêmica, mas, cada vez mais, está presente no cotidiano e nas agendas das cidades brasileiras. Para Pedro Somma, Diretor de Relações Institucionais da 99táxis, é importante destacar que “falamos em regulamentar uma tecnologia e não um serviço de transporte. O poder público não está acostumado a isso. O mundo vive em constante transformação e é natural que normas fiquem obsoletas ao longo do tempo. A regulamentação é sim importante, mas deve ser feita sem coibir a inovação”. Na visão de Somma, é fundamental que as cidades construam um marco legal favorável e estejam preparadas para proporcionar um ambiente inovador e colaborativo, a fim de que a entrada dos novos serviços traga benefícios à cidade e melhore a qualidade de vida das pessoas.



Daniel Mangabeira, Diretor de Políticas Públicas da Uber Brasil, compartilhou da visão de Somma no que diz respeito à regulamentação e acrescentou que as tecnologias devem ser utilizadas de maneira eficiente, a fim de melhorar os índices de ocupação nos automóveis, ao facilitar a intermediação entre pessoas e suas rotas. “O automóvel possui capacidade para acomodar cinco pessoas, contudo, quando olhamos para os veículos nas cidades, presos nos congestionamentos, vemos que normalmente há apenas uma pessoa dentro. A ocupação média no Brasil é de 1,4 ocupante por veículo e, em São Paulo, ainda pior, de apenas 1,2”, apontou. Nesse cenário, Mangabeira acredita que as tecnologias de mobilidade urbana trazem impactos positivos à mobilidade das cidades e devem ser utilizadas como complemento ao sistema de transporte público. “O objetivo é fazer a cidade funcionar de maneira mais fluida, otimizando os deslocamentos e desincentivando o uso do automóvel”, completou. Complementando a discussão, Adalberto Maluf, Diretor de Marketing da BYD, ressaltou que, no panorama atual, é preciso principalmente pensar em como integrar a tecnologia às cidades, a fim de responder ao desafio climático causado pelo aquecimento global.



Um fato muito enfatizado pelos painelistas foi a dimensão de suas empresas. A 99táxis, por exemplo, é responsável por intermediar mais de 8 milhões de deslocamentos por mês no Brasil. A Uber realiza 2 milhões de viagens por dia em todo o mundo. A TomTom coleta mais de 740 milhões de quilômetros percorridos diariamente em dados, o que equivale a 18.515 vezes a circunferência da Terra. Aproveitando este gancho, Lindau provocou os painelistas a respeito do que fazer e como utilizar estes dados em prol de todos: “Vocês têm uma fonte de dados de linhas de desejo do transporte individual que custam milhões de reais aos cofres do poder público para serem levantados [em pesquisas]. Até que ponto esses dados podem ser disponibilizados para organizações não governamentais e os próprios governos?”.



Em resposta ao questionamento lançado por Lindau, Somma relatou compreender a relevância dos dados para o poder público e ter a intenção de compartilhá-los: “Isso traz um benefício social de tirar os carros da rua e ver como o táxi integra com os outros modais. Não há como pensar que o táxi vá solucionar os problemas de mobilidade da cidade, isso é função do transporte de massa, mas o táxi pode fazer o last mile”. Brouwer e Mangabeira concordaram com a posição de Somma, mas enfatizaram a questão da privacidade dos dados e que devem ser tornados anônimos antes de compartilhar com o poder público. Para Mangabeira, “compartilhar os dados pode fazer com que melhores decisões possam ser tomadas. Ao invés de construir um viaduto para desafogar o congestionamento em curto prazo, pode-se explorar o uso das tecnologias para gerenciar a demanda”. Brouwer finalizou o debate acrescentando que criar cidades inteligentes não é apenas uma questão de inserir a tecnologia no dia a dia da cidade, mas também – e principalmente – de tomar decisões inteligentes a partir da posse desses dados.



As novas tecnologias podem beneficiar as cidades de diversas formas – qualificando os serviços, estabelecendo novos formatos de comunicação, mudando a mobilidade, levando mais qualidade de vida às pessoas. O acesso aos dados oferece às cidades a possibilidade de mudar para melhor: “Ao associar toda essa tecnologia e proporcionar que as cidades tenham posse desses dados, o futuro parece ser bastante promissor”, foram as palavras de fechamento de Lindau.



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