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Brasil de Fato | Novos apps de transporte privado chegam ao mercado: qual o impacto nas cidades?



Com a chegada da Uber, outras empresas passaram a investir no segmento de carros particulares




Data:

01/08/2016

Fonte:

Brasil de Fato

Fonte da imagem:

Recorte digital de www.brasildefato.com.br

TAGs:

aplicativos, transportes, mobilidade urbana

Editoria:

Tecnologia


Atualização: 01/08/2016



 

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Mesmo com muitos adeptos, especialistas não consensuam sobre apps como solução de mobilidade urbana



No início desta semana, a empresa brasileira Easy Taxi passou a oferecer corridas com carros particulares na cidade de São Paulo. A categoria EasyGo foi criada para competir com a Uber, americana que ainda tem o monopólio do segmento. A empresa afirma que, em dez dias, seis mil pessoas se cadastraram para compor sua nova frota, que passou a rodar na segunda-feira (25).



As Operadoras de Tecnologia de Transportes Credenciadas (OTTCs), termo utilizado pelo município para designar este tipo serviço de transporte privado mediado por aplicativos, foram regulamentadas em maio pelo prefeito Fernando Haddad (PT). Hoje, o leque de aplicativos oferecendo a modalidade cresceu: a espanhola Cabify e a startup indiana WillGo já operam no mercado paulistano.



Além do debate sobre flexibilização da legislação trabalhista que empresas como a Uber proporciona, já que seus motoristas não têm vínculos empregatícios e alguns chegam a trabalhar mais de 12 horas diárias para alcançar suas metas mensais de renda, especialistas refletem também sobre o impacto dos apps na mobilidade urbana — o tema deve permear as discussões durantes eleições municipais. Segundo o Datafolha, o serviço da empresa americana é defendido por sete em cada dez paulistanos.



Lúcio Gregori, engenheiro e ex-secretário municipal de transportes na gestão de Luiza Erundina (1989-1993), acredita que as modalidades são formas novas e "mais inteligentes" de utilização do sistema de transporte individual. Para ele, a crescente busca por este tipo de serviço prova que "o modelo clássico que existiu até hoje, fundamentado no carro individual movido a combustível fóssil, está com os dias contados".



Desde a chegada da Uber em São Paulo, estima-se que as corridas de táxis cairiam pela metade. A própria Easy Taxi afirmou investir neste novo segmento das OTTCs para combater a concorrência vinda com novos serviços.



No entanto, o coordenador do Grupo de Trabalho de Mobilidade Urbana da Rede Nossa São Paulo, Carlos Aranha, pontua que, mesmo utilizado de forma maximizada e com maior capacidade, a iniciativa ainda é uma aposta no carro, "a pior solução de mobilidade urbana que a gente tem".



"É melhor você ter um carro atendendo a mais pessoas do que apenas ao dono dele, isso é verdade, mas a gente tem outras formas de transporte tão ou mais eficientes. Ainda que você tenha um Uber que nunca ande vazio e que sempre transporte quatro pessoas — o que não é possível —, ele ainda seria muito menos eficiente quanto ao espaço viário ocupado do que o transporte coletivo de massa, a bicicleta ou um deslocamento a pé", argumentou.



A categoria Uber Pool é um serviço semelhante ao sistema de lotações que já existiram na cidade. A ferramenta reúne pessoas que desejam compartilhar o carro ao fazerem um mesmo trajeto, isso por uma tarifa reduzida.



Para o presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) Ailton Brasiliense, os aplicativos não rivalizam com o transporte coletivo de massa por focar em públicos distintos. "Nosso problema na cidade ainda é ter um transporte público de qualidade com preços razoáveis, além de um tempo de espera e trajeto já conhecidos. Isso é no que as prefeituras no Brasil têm que investir", afirmou.



Sua opinião se alinha com a de Gregori, que também afirma que os aplicativos não competem com transporte de massa. "Posso dar um exemplo simples e banal: na cidade de Havana, você pode fazer sinal para qualquer carro e negociar com a pessoa que está dirigindo para onde vai e ela te dá uma carona paga. E, nem por isso, o sistema de transporte coletivo não é fortemente demandado. Acho que são coisas distintas", disse.



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